Capítulo 1 – Sinais e Amplificadores
1. Introdução
O capítulo começa por destacar a importância dos circuitos eletrónicos na manipulação de sinais, mencionando a relevância da tecnologia de circuitos integrados (ICs) e do seu impacto na microeletrónica. O objetivo é introduzir os sinais e os amplificadores como elementos essenciais dos sistemas eletrónicos modernos.
2. Sinais
Os sinais representam informação e podem ser elétricos, como tensões e correntes. Para serem processados eletronicamente, os sinais devem ser convertidos em formas elétricas, o que é feito por transdutores. Dois modelos clássicos de representação de sistemas são a forma de Thévenin (fonte de tensão com resistência interna) e a forma de Norton (fonte de corrente com resistência interna).
3. Espectro de Frequência dos Sinais
A análise espectral é essencial para compreender a composição dos sinais. Utilizando as séries e transformadas de Fourier, qualquer sinal pode ser decomposto em sinusoides de diferentes frequências. Sinais periódicos têm espectros discretos, enquanto sinais não periódicos têm espectros contínuos.
4. Sinais Analógicos e Digitais
Os sinais analógicos variam continuamente no tempo, enquanto os digitais são representados por sequências de números. A conversão de sinais analógicos para digitais ocorre através da amostragem e quantização, realizada por conversores Analógico-Digital (ADC). A conversão inversa é feita pelos conversores Digital-Analógico (DAC).
5. Amplificadores
Os amplificadores aumentam a magnitude dos sinais elétricos, permitindo que sinais fracos sejam processados de forma eficaz. A linearidade é um fator crítico para evitar distorção, garantindo que a saída seja uma réplica ampliada da entrada. Existem diferentes tipos de amplificadores:
- Amplificadores de tensão (aumentam a amplitude de um sinal de tensão) 
- Amplificadores de corrente (amplificam correntes) 
- Amplificadores de transcondutância (convertem tensão em corrente) 
- Amplificadores de transresistância (convertem corrente em tensão) 
Os amplificadores também podem ser classificados em preamplificadores, que processam sinais fracos, e amplificadores de potência, que fornecem energia suficiente para acionar dispositivos como altifalantes.
6. Modelos de Circuito para Amplificadores
Para facilitar a análise dos amplificadores, utilizam-se modelos de circuitos que representam as suas características essenciais. O modelo básico de um amplificador de tensão inclui:
- Resistência de entrada (Ri): determina a carga imposta ao sinal de entrada. 
- Resistência de saída (Ro): afeta a capacidade de entrega do sinal amplificado. 
- Ganho de tensão (Av): relação entre a tensão de saída e de entrada. 
Em sistemas complexos, os amplificadores são frequentemente conectados em cascata para atingir melhores especificações.
7. Resposta em Frequência dos Amplificadores
A resposta em frequência caracteriza o desempenho do amplificador em diferentes frequências. Essa resposta é obtida analisando a magnitude e a fase do sinal de saída em relação à entrada para diversas frequências. A banda passante do amplificador é definida pelas frequências onde o ganho se mantém constante dentro de um intervalo aceitável.
Os amplificadores podem ser analisados como redes de constante de tempo única (STC), dividindo-se em:
- Filtros passa-baixo (LP): atenuam frequências altas. 
- Filtros passa-alto (HP): atenuam frequências baixas. 
A resposta em frequência pode ser expressa em decibéis (dB), sendo comum usar diagramas de Bode para representar a variação da magnitude e da fase com a frequência.

