Capítulo 1 - Circuitos Magnéticos e Materiais Magnéticos
Secção 1.1 - Circuitos Magnéticos
A secção 1.1 introduz o conceito de circuitos magnéticos, uma abordagem prática para analisar sistemas eletromagnéticos, especialmente em máquinas elétricas e transformadores. Estes circuitos são utilizados para descrever a forma como os campos magnéticos se comportam em estruturas feitas, na sua maioria, de materiais ferromagnéticos de alta permeabilidade.
Princípios fundamentais:
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Equações de Maxwell (Forma Magneto-Quasi-Estática)
Ao assumir que os efeitos da corrente de deslocamento podem ser desprezados (válido para muitas aplicações de engenharia), as equações de Maxwell relevantes simplificam-se para:-
Lei de Ampère: ∮𝐻·dl = ∫𝐽·da → o campo magnético 𝐻 é gerado por correntes elétricas.
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Lei de Gauss para o magnetismo: ∮𝐵·da = 0 → o fluxo magnético 𝐵 não tem fontes nem sumidouros; as linhas de fluxo são sempre fechadas.
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Conceito de Circuito Magnético:
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Semelhança com circuitos elétricos: Tal como a corrente elétrica segue condutores de baixa resistência, o fluxo magnético tende a seguir caminhos com alta permeabilidade magnética, geralmente feitos de ferro ou aço.
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A ideia é representar um campo magnético tridimensional complexo através de um circuito unidimensional, utilizando analogias com a eletricidade:
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Corrente → Fluxo magnético φ
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Tensão → Força magnetomotriz (fmm) F = Ni
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Resistência → Relutância R
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Elementos principais:
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fmm (Força Magnetomotriz):
F = Ni, onde N é o número de espiras e i a corrente — atua como a “força” que impulsiona o fluxo magnético. -
Fluxo magnético:
φ = B·A, sendo B a densidade de fluxo magnético e A a área da secção transversal. -
Relutância (R):
R = l / (μ·A), onde l é o comprimento médio do caminho do fluxo, μ a permeabilidade magnética, e A a área da secção. A unidade é A·espiras / Weber. -
Permeância (P):
P = 1 / R, ou seja, mede a “facilidade” com que o fluxo atravessa um caminho magnético.
Circuitos com e sem entreferro (air gap):
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Em transformadores, os núcleos são fechados (sem entreferro).
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Em máquinas rotativas, existe um entreferro necessário para permitir o movimento.
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O entreferro apresenta baixa permeabilidade (μ₀), o que aumenta significativamente a relutância total.
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Frequentemente, a relutância do entreferro domina o circuito magnético total, permitindo ignorar a relutância do núcleo.
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Dispersão (Fringing) do fluxo:
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O fluxo tende a “espalhar-se” ao atravessar o entreferro — fenómeno denominado fringing.
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A área efetiva do entreferro pode ser ligeiramente maior do que a secção transversal do núcleo.
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Na maioria das análises, o fringing é desprezado para simplificação.
Analogias com circuitos elétricos:
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Lei das malhas (KVL): A soma das fmm ao longo de um caminho fechado é igual à soma das quedas de fmm (F = ΣFₖ).
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Lei dos nós (KCL): A soma dos fluxos que entram num nó é igual à soma dos fluxos que saem (Σφₙ = 0).
Limitações:
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A análise de circuitos magnéticos envolve aproximações:
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Supõe-se muitas vezes que a permeabilidade é constante.
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O campo magnético fora do núcleo (campos de fuga) é negligenciado, o que não é sempre válido.
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A precisão depende da intuição e julgamento de engenharia.
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Secção 1.2 — Fluxo ligado, indutância e energia
A secção 1.2 introduz os conceitos de fluxo ligado, indutância e energia armazenada em circuitos magnéticos. Estes conceitos são fundamentais para a compreensão do comportamento dinâmico dos dispositivos eletromagnéticos, sobretudo quando sujeitos a variações temporais de corrente e fluxo magnético.
1. Lei de Faraday — Tensão induzida
Quando um campo magnético varia no tempo, produz-se um campo elétrico. Esta relação é expressa pela lei de Faraday, uma das equações de Maxwell:
Nos sistemas com enrolamentos (bobinas) de alta condutividade elétrica, a tensão induzida aos terminais de uma bobina é:
onde:
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é a tensão induzida,
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é o fluxo magnético que atravessa uma espira,
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é o número de espiras,
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é o fluxo ligado à bobine com N espiras.
2. Indutância
Se a relação entre o fluxo ligado e a corrente for linear, a indutância é definida por:
A partir da análise de circuitos magnéticos com relutância total , deduz-se que:
Isto mostra que:
-
A indutância aumenta com o quadrado do número de espiras,
-
Diminui com a relutância total do circuito magnético.
No caso de um circuito magnético com entreferro dominante (alta relutância), pode-se simplificar:
onde:
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é a permeabilidade do vazio,
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é a área da secção do entreferro,
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é o comprimento do entreferro.
3. Linearidade e materiais não-lineares
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A definição clássica de indutância assume que o material é linear (isto é, , com constante).
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Contudo, muitos materiais ferromagnéticos têm permeabilidade não constante.
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Se o entreferro dominar a relutância do circuito, a não linearidade do material pode ser ignorada com boa aproximação.
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Em muitos casos práticos, assume-se um valor médio ou constante da permeabilidade para efeitos de cálculos de engenharia.
4. Circuitos com dois enrolamentos — Autoindutância e Indutância Mútua
Num circuito com duas bobinas, o fluxo ligado de cada uma depende da sua própria corrente e da corrente da outra:
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e : autoindutâncias,
-
: indutância mútua, definida como:
(assumindo que o entreferro domina a relutância total e que ).
5. Tensão induzida com indutância variável
Se a indutância variar com o tempo (ex.: quando há movimento ou variação da permeabilidade):
Este termo adicional representa o contributo da variação da própria indutância (caso comum em máquinas elétricas com movimento).
6. Energia armazenada num circuito magnético
A energia magnética armazenada é dada por:
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A energia está relacionada com o fluxo ligado e a corrente.
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A unidade de energia é o joule (J).
Secção 1.3 — Propriedades dos Materiais Magnéticos
1. Função dos materiais magnéticos na engenharia eletromecânica
Os materiais magnéticos são importantes por dois motivos principais:
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Permitem obter fluxos magnéticos intensos com baixa fmm (força magnetomotriz).
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Isto é fundamental porque o binário e a densidade de energia dos dispositivos dependem do nível de fluxo magnético.
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Canalizam e moldam os campos magnéticos em trajetórias definidas.
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No caso dos transformadores: aumentam o acoplamento entre enrolamentos.
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Nas máquinas elétricas: ajudam a produzir binário e a controlar o comportamento eletromagnético.
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2. Materiais ferromagnéticos
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São compostos por ferro puro ou ligas com outros metais como cobalto, níquel, tungsténio ou alumínio.
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Caracterizam-se por domínios magnéticos: pequenas regiões com momentos magnéticos atómicos alinhados.
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Num material não magnetizado, os domínios estão orientados aleatoriamente → fluxo magnético líquido nulo.
3. Magnetização e saturação
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Quando se aplica uma força magnetizante (campo magnético externo), os domínios reorientam-se no sentido do campo.
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Isso reforça o campo aplicado e resulta num aumento significativo da densidade de fluxo magnético .
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Este comportamento ocorre até à saturação, quando todos os domínios estão alinhados — daí para a frente, aumentar pouco influencia .
4. Histerese magnética
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Quando o campo é removido, os domínios não regressam ao estado aleatório inicial.
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O material mantém magnetização residual → fenómeno de histerese.
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Esta propriedade torna a relação não linear e multi-valor, isto é, depende da história da excitação.
5. Curvas características
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As propriedades magnéticas são geralmente fornecidas sob forma gráfica (medidas experimentais segundo normas ASTM).
Tipos de curvas:
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Curva de histerese (B-H loop)
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Obtida com excitação cíclica (campo alternado entre valores positivos e negativos).
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Mostra claramente os efeitos de:
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Saturação
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Magnetização remanescente (quando )
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Coercividade (valor de necessário para anular )
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Exemplo no livro: aço elétrico M-5 (grain-oriented), amplamente utilizado em transformadores e máquinas.
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Curva de magnetização DC (normal)
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Obtida com base nos pontos extremos da curva de histerese.
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É mono-valor e representa a resposta média do material (ignora perdas por histerese).
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Usada frequentemente em análises simplificadas de engenharia.
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6. Unidades e dados práticos
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A curva B-H pode ser expressa em diferentes sistemas de unidades:
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: amperes por metro (A/m), ou oersted (em CGS)
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: webers por metro quadrado (T), gauss ou kilogauss
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No livro, todos os cálculos e gráficos usam unidades SI.
Secção 1.4 — Excitação em Corrente Alternada (AC)
A secção 1.4 aborda a excitação de materiais magnéticos sob condições de corrente alternada (AC), ou seja, quando os sistemas operam em regime permanente com tensões e fluxos sinusoidais.
Modelo de Estudo
Considera-se um circuito magnético com núcleo fechado e sem entreferro, com comprimento magnético e área de secção transversal constantes. Assume-se uma variação sinusoidal do fluxo magnético:
onde:
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: fluxo instantâneo (Wb),
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: fluxo máximo,
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: densidade de fluxo máximo (T),
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: frequência angular (rad/s),
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: frequência da fonte (Hz).
Tensão Induzida e Valor Eficaz (rms)
A tensão induzida num enrolamento de espiras é:
O valor eficaz da tensão (usualmente mais relevante em AC) é:
Corrente de Excitação e Histerese
A corrente de excitação necessária para manter o fluxo não é sinusoidal, devido à não-linearidade do material magnético. Essa corrente é obtida através da curva de histerese AC do material. A relação entre campo magnético e é:
O valor eficaz da corrente de excitação é:
Potência de Excitação em AC
A potência aparente necessária para excitar o núcleo é dada por:
com sendo o volume do núcleo.
A potência aparente por unidade de massa (VA/kg), útil para comparação entre materiais, é:
sendo a densidade do material magnético.
Perdas no Núcleo
Há dois tipos principais de perdas:
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Perdas por histerese: Energia dissipada devido ao ciclo de magnetização, proporcional à área do laço de histerese e ao volume do material. A potência dissipada por histerese aumenta com a frequência.
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Perdas por correntes de Foucault (eddy currents): Causadas por campos eléctricos induzidos no núcleo. São reduzidas através da laminação do núcleo e isolamento entre folhas. Crescem com o quadrado da frequência e do valor de .
Representação Gráfica e Dados Experimentais
Os fabricantes de materiais magnéticos fornecem frequentemente gráficos de:
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Potência aparente por unidade de massa (VA/kg),
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Densidade de perdas (W/kg) em função de para diferentes frequências.
Estes dados são essenciais para o dimensionamento de transformadores, motores e outros dispositivos eletromagnéticos.
Secção 1.5 — Ímanes Permanentes
Características dos Ímanes Permanentes
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A principal característica de um íman permanente é a magnetização remanescente (Br) — o valor da densidade de fluxo magnético que permanece quando o campo magnético externo é removido.
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Outra grandeza importante é a coercividade (Hc) — a intensidade do campo magnético necessário para reduzir o fluxo magnético a zero.
Comparação entre materiais:
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Alnico 5: Br ≈ 1,22 T e Hc ≈ −49 kA/m (grande retenção de fluxo e elevada resistência à desmagnetização).
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Aço elétrico M-5: embora tenha Br elevada (1,4 T), tem Hc muito inferior (−6 A/m), o que o torna impróprio como íman permanente.
Aplicação em Circuitos Magnéticos
Exemplo 1.9 demonstra que:
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Alnico 5 pode gerar fluxo magnético significativo num circuito com entreferro, mesmo sem excitação externa.
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M-5, apesar de ter remanescência elevada, não consegue manter fluxo magnético relevante devido à sua baixa coercividade.
Produto Máximo Energia
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Define-se como o máximo valor do produto no segundo quadrante da curva de histerese.
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Este produto representa a energia magnética por unidade de volume (J/m³) que o íman pode fornecer.
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Para uma determinada densidade de fluxo desejada num entreferro, operar no ponto de permite minimizar o volume necessário do íman.
Equação útil:
Considerações Práticas
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A redução do comprimento do entreferro não permite aumentar indefinidamente o fluxo, pois o núcleo poderá entrar em saturação.
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O ponto de operação ideal de um íman é aquele em que se obtém máxima eficiência volumétrica (menor volume para o mesmo fluxo desejado).
Secção 1.6 — Aplicação de Materiais de Íman Permanente
Curvas de Magnetização dos Materiais
A curva de magnetização representa o segundo quadrante do laço de histerese após saturação total do material. Diferentes materiais exibem diferentes comportamentos:
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Alnico 5 e 8: elevada magnetização remanescente (Br), mas baixa coercividade; muito sensíveis à desmagnetização.
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Ceramic 7 (Ferrite): menor Br, mas elevada Hc; curva quase linear.
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Samário-Cobalto: alta Br e Hc, muito estável, mesmo a altas temperaturas.
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Neodímio-Ferro-Boro (NdFeB): altíssimo Br e Hc; excelente desempenho magnético, mas sensível à temperatura.
As curvas da Fig. 1.19 mostram essas características comparativas.
Efeitos de Excitação e Linhas de Retorno
Quando se aplica corrente a uma bobina em torno de um íman:
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A curva B-H percorre o laço de histerese desde o ponto inicial (desmagnetizado) até à saturação.
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Ao remover a corrente, o ponto de operação fica em Br (residual).
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Se for aplicada uma corrente negativa ou houver uma alteração geométrica (ex.: aumento do entreferro), o ponto de operação desloca-se, formando um laço menor.
A partir daí, o íman passa a operar numa linha de retorno, que tem inclinação constante chamada permeabilidade de retorno (μR).
Uma vez desmagnetizado (mesmo parcialmente), o íman não volta a Br, mas a um valor inferior (ver Fig. 1.21).
Estabilização de Ímanes
Para garantir o funcionamento estável:
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Pode-se estabilizar o íman forçando-o a operar numa determinada linha de retorno.
-
Isto implica aceitar uma redução permanente em Br, mas assegura que, mesmo com variações de carga ou geometria, o íman não se desmagnetiza ainda mais.
O Exemplo 1.11 mostra como estabilizar um sistema com Alnico 5, através de um processo de magnetização controlada com uma bobina, ajustando o comprimento do íman para operar no ponto de produto energia máximo.
Temperatura e Comportamento Térmico
A temperatura afecta significativamente os ímanes:
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Para materiais como NdFeB e Samário-Cobalto, o aumento da temperatura reduz Br e Hc (ver Fig. 1.24).
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Samário-Cobalto é mais estável termicamente do que o NdFeB.
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As cerâmicas (ferrites), pelo contrário, perdem Br com o aumento da temperatura, mas ganham coercividade (ver Fig. 1.25).
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Se a temperatura atingir o ponto de Curie, o material perde a magnetização permanentemente.
O Exemplo 1.12 mostra como calcular a corrente máxima admissível num sistema com um íman de NdFeB de modo a evitar que o fluxo magnético se torne negativo, o que levaria à desmagnetização.
Modelação Linear da Curva B-H
Para materiais com alta coercividade e baixa permeabilidade de retorno, como os ímanes de terras raras, pode-se modelar a curva B-H como:
Esta aproximação linear é válida na região útil de operação e simplifica o projeto de dispositivos eletromagnéticos com ímanes.
Secção 1.7 — Sumário
Utilização de Materiais Ferromagnéticos
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Materiais ferromagnéticos são amplamente utilizados para conduzir e concentrar fluxos magnéticos.
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A sua elevada permeabilidade magnética (até dezenas de milhar de vezes maior do que o vácuo) permite que o fluxo seja confinado a caminhos bem definidos, determinados pela geometria do material.
Aproximação Quasi-estática e Análise de Circuitos Magnéticos
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Em muitas aplicações práticas, os fenómenos magnéticos são suficientemente lentos para serem tratados como quasi-estáticos, ou seja, sem efeitos transitórios importantes.
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Nestes casos, os campos magnéticos podem ser analisados com base na força magnetomotriz (mmf) e na relutância dos caminhos magnéticos.
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Assim, a resolução de problemas magnéticos complexos pode ser feita de forma análoga à análise de circuitos eléctricos elétricos, convertendo o problema tridimensional num modelo unidimensional.
Comportamento dos Materiais Magnéticos
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O comportamento magnético dos materiais é não linear e geralmente representado através das curvas B-H e dos laços de histerese.
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As perdas no núcleo (térmicas e energéticas) são causadas por dois mecanismos principais:
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Perdas por histerese, devidas à reversão cíclica dos domínios magnéticos.
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Perdas por correntes de Foucault (eddy currents), resultantes de tensões induzidas no próprio material condutor.
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Estas perdas dependem da frequência de operação, da densidade de fluxo e das propriedades físicas do material (ex: laminação, composição, espessura, etc.).
Dados Experimentais
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Os fabricantes fornecem frequentemente curvas experimentais que representam:
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Perdas no núcleo (W/kg),
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Potência aparente de excitação por massa (VA/kg),
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Curvas B-H para diferentes frequências.
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Estes dados são essenciais para o dimensionamento prático de componentes magnéticos.
Ímanes Permanentes (Materiais Magnéticos Duros)
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Certos materiais (como Alnico, ferrites, samário-cobalto, neodímio-ferro-boro) têm propriedades que os tornam ideais para uso como ímanes permanentes.
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Caracterizam-se por:
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Magnetização remanescente elevada,
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Coercividade elevada,
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Capacidade de gerar fluxo em circuitos com entreferros sem necessidade de corrente de excitação.
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Têm aplicações em dispositivos como:
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Motores e geradores,
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Colunas de som,
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Sensores,
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Medidores analógicos.
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Estabilidade Operacional
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Alguns ímanes necessitam de ser estabilizados para funcionarem com variações de carga ou temperatura.
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Ímanes modernos de terras raras (NdFeB, SmCo) tendem a ser altamente estáveis, desde que operem na zona linear da sua curva B-H e abaixo do seu ponto de Curie.
Secção 1.8 — Variáveis do Capítulo 1
A secção 1.8 fornece uma lista organizada das variáveis e símbolos utilizados ao longo do Capítulo 1, que trata de circuitos magnéticos e materiais magnéticos. Este glossário técnico serve como referência rápida para os leitores e é essencial para a interpretação rigorosa das equações e análises apresentadas no capítulo.
Lista das Variáveis
As variáveis estão agrupadas por ordem alfabética, juntamente com as respetivas unidades no Sistema Internacional (SI), e representam grandezas físicas relevantes para o estudo dos fenómenos magnéticos:
Símbolo | Descrição | Unidade (SI) |
---|---|---|
Permeabilidade magnética | H/m (henry por metro) | |
Permeabilidade do vácuo () | H/m | |
Permeabilidade relativa () | adimensional | |
Permeabilidade de retorno (recoil permeability) | H/m | |
Fluxo magnético | Wb (weber) | |
Fluxo magnético de pico | Wb | |
Frequência angular () | rad/s | |
Densidade de massa | kg/m³ | |
Área da secção transversal | m² | |
Densidade de fluxo magnético | T (tesla) | |
Magnetização remanescente (remanescência) | T | |
Força electromotriz / tensão | V (volt) | |
Intensidade de campo elétrico | V/m | |
Frequência | Hz | |
Força magnetomotriz (mmf) | A (ampère-volta) | |
Comprimento do entreferro | m | |
Intensidade do campo magnético | A/m | |
Coercividade | A/m | |
Corrente elétrica | A | |
Corrente de excitação e respetivo valor eficaz | A | |
Densidade de corrente elétrica | A/m² | |
Comprimento linear (ex: do núcleo) | m | |
Indutância | H (henry) | |
Número de espiras | adimensional | |
Potência elétrica | W (watt) | |
Perdas no núcleo magnético | W | |
Densidade de perdas no núcleo (por massa) | W/kg | |
Permeância | H | |
Relutância | H⁻¹ | |
Potência aparente de excitação (VA) | VA | |
Potência aparente de excitação por unidade de massa | VA/kg | |
Tempo | s | |
Período de um ciclo (também usado para temperatura) | s ou ºC | |
Tensão / diferença de potencial | V | |
Volume | m³ | |
Energia armazenada | J (joule) |
Subscritos Usuais
Para facilitar a distinção entre variáveis aplicadas a diferentes partes do sistema magnético, são também indicados subscritos específicos:
Subscrito | Significado |
---|---|
Relativo ao núcleo (core) | |
Relativo ao entreferro (gap) | |
, | Relativo ao íman (magnet) |
Valor máximo de uma grandeza | |
Valor eficaz (root mean square) | |
Valor total (ex: energia ou potência) |