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quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Sinais, Sistemas, Sinais e Sistemas Mecatrónicos


Pesquisa de artigos sobre Sinais e Sistemas, neste blogue. Clique no link.

Propriedades da Transformada de Fourier em tempo contínuo

Resolução de um problema de Sinais e Sistemas Mecatrónicos, MIEM, IST

Demonstração: Transformada de Laplace [ x(t) * h(t) ]   =   X(s) x H(s)

Sinais e Sistemas - propriedades

Resolução de problema de teste de Processamento de Sinal

Resolução de um problema de Sinais e Sistemas

Determinar em representar os coeficientes de Fourier de um sinal

Convolução de Sinais em tempo Discreto

Soma de termos de uma progressão geométrica

Tabela de pares de Transformadas de Laplace

Formulário resumo do módulo 2 de Análise de Sinais ISEL

Formulário resumo do módulo 3 de Análise de Sinais ISEL

Formulário resumo do módulo 4 de Análise de Sinais ISEL

Formulário resumo do módulo 5 de Análise de Sinais ISEL

Cálculo da Transformada Z

Operações com Sinais

Sinais e Sistemas - Relação de Parseval

Revisão de tipos de Transformadas

Soma, diferença, produto e divisão da função seno pela função coseno

Funções Exponenciais Crescente e Decrescente

Funções Impulso e Escalão em tempo discreto

Sequência discreta de um coseno

Estudo da função 3*sin(6*pi*t) + 5*cos(8*pi*t)

Sinais, Soma de Sinais e Período

Problema de Sinais e Sistemas

Resolução de perguntas de exame de Sinais e Sistemas do ISEL

Resolução do Problema 13, do exame de 22-06-2013, de Sinais e Sistemas do IST

Resolução do Problema 11, do exame de 22-06-2013, de Sinais e Sistemas do IST

Resolução do Problema 8, do exame de 22-06-2013, de Sinais e Sistemas do IST

Resolução do problema 7 de exame (22-06-2013) de Sinais e Sistemas do IST

Teoria de Sinais e Sistemas

Resolução de problema de teste de Análise de Sinais, Eng. Biomédica - FCT UNL

Problema 1.26c), do livro "Signals & Systems", Oppenheim, Willsky, Nawab

Resolução do problema 3.16a) do livro Signals & Systems

Resolução do problema 3.16b) do livro Signals & Systems

Resolução do problema 3.16c) do livro Signals & Systems

Oppenheim - Alguns pares de TF e SF, básicos

Resolução de um problema de teste de Sinais e Sistemas da UL

Resolução de exercícios com Sistemas Lineares e Invariantes no Tempo (SLTI)

Decomposição do coseno em série de Fourier

Espectro de um sinal de tempo discreto

Papel para fazer diagramas de Bode

Reconstrução de um sinal a partir dos seus coeficientes de Fourier

Matlab para Sinais e Sistemas


Se quiser informações detalhadas sobre esta matéria (ou outras que encontre neste blogue), contacte-nos, de preferência por email. Este blogue destina-se à divulgação dos nossos serviços. É apenas uma pequena amostra do que sabemos e podemos fazer.





quarta-feira, 5 de março de 2025

Resumo extraído do Capítulo 1 do livro "Logic and Computer Design Fundamentals" de Morris Mano


O Capítulo 1 do livro "Logic and Computer Design Fundamentals" de Morris Mano aborda os conceitos fundamentais dos sistemas digitais e da representação da informação. 

Capítulo 1 – Sistemas Digitais e Representação da Informação

Este capítulo introduz os conceitos fundamentais dos sistemas digitais, abordando a natureza da informação e como esta é representada e processada nos computadores. Começa por diferenciar sistemas analógicos e digitais, explicando por que os computadores modernos utilizam representação digital. Apresenta também as diferentes camadas de abstração no design computacional, os sistemas de numeração utilizados para manipulação de dados e os códigos binários usados para representar informação.


1.1 Introdução aos Sistemas Digitais

Os sistemas digitais são baseados na manipulação de informação representada por valores discretos. O termo “digital” vem do latim digitus (dedo), pois os primeiros computadores foram concebidos para processar números inteiros representados como dígitos.

Os sistemas digitais utilizam circuitos lógicos para processar dados binários, onde cada valor pode ser representado por 0 (falso) e 1 (verdadeiro). Esta abordagem diferencia-se dos sistemas analógicos, que trabalham com sinais contínuos.

1.1.1 Computadores Digitais e a Importância do Binário

O computador digital é um sistema programável capaz de executar uma sequência de instruções armazenadas na memória. Ele processa informação usando circuitos lógicos binários, que operam com dois estados elétricos distintos (0 e 1). Essa escolha deve-se a:

  • Simplicidade de implementação: os circuitos eletrónicos podem ser projetados para reconhecer apenas dois níveis de tensão.
  • Maior resistência a ruído: sistemas digitais podem interpretar corretamente os valores, mesmo com pequenas variações na tensão.
  • Facilidade de armazenamento e processamento: as operações aritméticas e lógicas podem ser realizadas de forma eficiente com números binários.

Os computadores modernos são sistemas digitais de uso geral, capazes de executar várias tarefas, desde cálculos numéricos até processamento de texto e multimédia.


1.2 Representação da Informação

A informação pode ser classificada como contínua (analógica) ou discreta (digital). Os computadores lidam essencialmente com informação discreta, mas podem converter sinais analógicos para digital e vice-versa.

1.2.1 Sinais Analógicos vs. Sinais Digitais

  • Sinal analógico: varia de forma contínua dentro de um intervalo. Exemplo: temperatura, pressão, corrente elétrica.
  • Sinal digital: assume apenas um conjunto finito de valores distintos. Exemplo: valores binários 0 e 1.

Para converter sinais analógicos em digitais, usa-se um Conversor Analógico-Digital (ADC). O processo de conversão envolve:

  1. Amostragem: medir o sinal analógico em intervalos de tempo fixos.
  2. Quantização: atribuir um valor discreto ao sinal medido.
  3. Codificação: representar o valor quantizado num sistema binário.

1.3 Arquitetura de um Computador Digital

Um computador digital é composto por diferentes componentes interligados. A arquitetura básica inclui:

  • Unidade Central de Processamento (CPU): processa dados e executa instruções.
  • Memória: armazena programas e dados temporários e permanentes.
  • Dispositivos de Entrada/Saída (I/O): permitem a interação do computador com o utilizador e outros sistemas.
  • Barramento (Bus): interliga os componentes, permitindo a transferência de dados.

1.3.1 Modelo de um Computador Digital

Um computador digital é um sistema que executa instruções armazenadas na memória. A sua estrutura básica inclui:

  • Memória: armazena programas e dados.
  • Datapath: executa operações aritméticas e lógicas.
  • Unidade de Controlo: gere a execução das instruções e o fluxo de informação.
  • Entrada e Saída: permitem a comunicação com o utilizador e outros sistemas.

1.3.2 Sistemas Embebidos (Embedded Systems)

Além dos computadores pessoais, existem sistemas embebidos, que são dispositivos computacionais especializados em tarefas específicas. Exemplos incluem:

  • Microcontroladores em automóveis.
  • Sensores em eletrodomésticos.
  • Dispositivos médicos.

Os sistemas embebidos utilizam software dedicado, muitas vezes armazenado permanentemente, para desempenhar funções específicas.


1.4 Camadas de Abstração no Design de Computadores

Para lidar com a complexidade dos sistemas computacionais, o design é organizado em camadas de abstração, onde cada nível esconde os detalhes do nível inferior:

  1. Algoritmos: descrevem o que precisa ser feito para resolver um problema.
  2. Linguagens de Programação: traduzem os algoritmos para código executável.
  3. Sistemas Operativos: gerem os recursos do computador e executam os programas.
  4. Arquitetura do Conjunto de Instruções (ISA): define as operações que o processador pode executar.
  5. Microarquitetura: descreve a implementação interna do processador.
  6. Transferência de Registos: define como os dados circulam dentro do processador.
  7. Portas Lógicas: implementam operações básicas.
  8. Circuitos Transistorizados: realizam a computação física.

Este modelo permite a especialização em diferentes níveis do design de computadores.


1.5 Sistemas de Numeração

Os computadores manipulam números em diferentes bases numéricas:

  1. Decimal (Base 10): utilizado pelos humanos.
  2. Binário (Base 2): usado internamente nos circuitos digitais.
  3. Octal (Base 8) e Hexadecimal (Base 16): formas compactas de representar números binários.

1.5.1 Conversão entre Bases

A conversão entre sistemas de numeração é essencial para a comunicação entre humanos e computadores. Os principais métodos incluem:

  • Conversão de Decimal para Binário: dividir sucessivamente por 2.
  • Conversão de Binário para Decimal: expandir o número como uma soma de potências de 2.
  • Conversão entre Binário, Octal e Hexadecimal: agrupar bits em conjuntos de 3 (octal) ou 4 (hexadecimal).

1.6 Representação de Dados no Computador

Os computadores representam números, caracteres e outros tipos de dados através de códigos binários.

1.6.1 Código BCD (Binary-Coded Decimal)

O BCD representa números decimais com 4 bits por dígito decimal. Por exemplo, o número 185 em BCD seria:

(185)10 = (0001 1000 0101)BCD

1.6.2 Código ASCII

O ASCII (American Standard Code for Information Interchange) é um código de 7 bits que representa caracteres alfanuméricos e símbolos especiais. Exemplo:


'A' = 01000001 'B' = 01000010

1.7 Operações Aritméticas em Binário

Os computadores realizam operações matemáticas usando números binários. Algumas regras básicas incluem:

  • Adição binária: segue regras similares à adição decimal, mas com base 2.
  • Subtração binária: pode usar o método do complemento para facilitar os cálculos.
  • Multiplicação binária: baseada em deslocamentos e somas sucessivas.
  • Divisão binária: semelhante à divisão decimal, mas operando em binário.

Logic and Computer Design Fundamentals - Morris Mano - Cap 1





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sexta-feira, 7 de março de 2025

Resumo extraído do Capítulo 1 do livro "Signals and Systems" de Oppenheim e Nawab

Capítulo 1: Sinais e Sistemas


1.1 Introdução aos Sinais

Os sinais são funções matemáticas que representam quantidades variáveis no tempo ou noutro domínio. Estes podem ser classificados como:

  • Sinais de tempo contínuo x(t)x: definidos para todo tR.
  • Sinais de tempo discreto x[n]: definidos apenas para valores inteiros .

Os sinais podem ainda ser categorizados de acordo com:

  • Periocidade: periódicos ou aperiódicos.
  • Determinismo: determinísticos ou aleatórios.
  • Energia e potência: sinais de energia finita ou potência finita.

1.2 Transformações no Domínio do Tempo

Os sinais podem sofrer diversas transformações no tempo, tais como:

  • Deslocamento temporal: x(tt0) representa um atraso e x(t+t0) representa um avanço, quando t0 > 0.
  • Escalonamento temporal: x(at) comprime ou expande o sinal.
  • Inversão temporal: x(treflete o sinal em torno da origem.

1.3 Sinais Exponenciais e Sinusoidais

Os sinais exponenciais e sinusoidais são fundamentais em muitas aplicações, sendo expressos como:

x(t)=Ce(at)

onde C e a podem ser números complexos. Se a for puramente imaginário (jωj), o sinal será um sinusoide:

x(t)=Acos(ωt+θ)x(t) 

Os sinais sinusoidais são essenciais porque qualquer sinal periódico pode ser expresso como uma soma de sinusoidais (série de Fourier).


1.4 Sinais de Tempo Discreto

No domínio discreto, os sinais exponenciais e sinusoidais são representados como:

x[n]=Ae(jωn)

onde ω está confinado a um intervalo [pi,pi] devido à periodicidade do domínio discreto.


1.5 Sistemas de Tempo Contínuo e Discreto

Os sistemas processam sinais e podem ser classificados como:

  • Tempo contínuo ou discreto: dependendo se as entradas e saídas são contínuas ou discretas.
  • Determinísticos ou estocásticos: dependendo da previsibilidade da resposta do sistema.
  • Causais ou não causais: um sistema é causal se a saída em um instante depender apenas de entradas presentes ou passadas.

Exemplo de sistema em tempo contínuo:

dy(t)dt+ay(t)=bx(t)

Exemplo de sistema em tempo discreto:

y[n]=0.9y[n1]+x[n]

1.6 Propriedades dos Sistemas

Os sistemas possuem diversas propriedades:

  • Linearidade: segue o princípio da sobreposição S(ax1+bx2)=aS(x1)+bS(x2)
  • Invariância no tempo: o comportamento não depende do instante em que é analisado.
  • Estabilidade: entradas limitadas resultam em saídas limitadas.
  • Causalidade: a saída depende apenas de valores presentes e passados da entrada.

signals-and-systems-Oppenheim and Nawab 2thEd Cap 1




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terça-feira, 11 de março de 2025

Resumo extraído do Capítulo 1 do livro "Microelectronic Circuits", 6th Edition, de Sedra and Smith

Capítulo 1 – Sinais e Amplificadores

1. Introdução

O capítulo começa por destacar a importância dos circuitos eletrónicos na manipulação de sinais, mencionando a relevância da tecnologia de circuitos integrados (ICs) e do seu impacto na microeletrónica. O objetivo é introduzir os sinais e os amplificadores como elementos essenciais dos sistemas eletrónicos modernos.

2. Sinais

Os sinais representam informação e podem ser elétricos, como tensões e correntes. Para serem processados eletronicamente, os sinais devem ser convertidos em formas elétricas, o que é feito por transdutores. Dois modelos clássicos de representação de sistemas são a forma de Thévenin (fonte de tensão com resistência interna) e a forma de Norton (fonte de corrente com resistência interna).

3. Espectro de Frequência dos Sinais

A análise espectral é essencial para compreender a composição dos sinais. Utilizando as séries e transformadas de Fourier, qualquer sinal pode ser decomposto em sinusoides de diferentes frequências. Sinais periódicos têm espectros discretos, enquanto sinais não periódicos têm espectros contínuos.

4. Sinais Analógicos e Digitais

Os sinais analógicos variam continuamente no tempo, enquanto os digitais são representados por sequências de números. A conversão de sinais analógicos para digitais ocorre através da amostragem e quantização, realizada por conversores Analógico-Digital (ADC). A conversão inversa é feita pelos conversores Digital-Analógico (DAC).

5. Amplificadores

Os amplificadores aumentam a magnitude dos sinais elétricos, permitindo que sinais fracos sejam processados de forma eficaz. A linearidade é um fator crítico para evitar distorção, garantindo que a saída seja uma réplica ampliada da entrada. Existem diferentes tipos de amplificadores:

  • Amplificadores de tensão (aumentam a amplitude de um sinal de tensão)

  • Amplificadores de corrente (amplificam correntes)

  • Amplificadores de transcondutância (convertem tensão em corrente)

  • Amplificadores de transresistância (convertem corrente em tensão)

Os amplificadores também podem ser classificados em preamplificadores, que processam sinais fracos, e amplificadores de potência, que fornecem energia suficiente para acionar dispositivos como altifalantes.

6. Modelos de Circuito para Amplificadores

Para facilitar a análise dos amplificadores, utilizam-se modelos de circuitos que representam as suas características essenciais. O modelo básico de um amplificador de tensão inclui:

  • Resistência de entrada (Ri): determina a carga imposta ao sinal de entrada.

  • Resistência de saída (Ro): afeta a capacidade de entrega do sinal amplificado.

  • Ganho de tensão (Av): relação entre a tensão de saída e de entrada.

Em sistemas complexos, os amplificadores são frequentemente conectados em cascata para atingir melhores especificações.

7. Resposta em Frequência dos Amplificadores

A resposta em frequência caracteriza o desempenho do amplificador em diferentes frequências. Essa resposta é obtida analisando a magnitude e a fase do sinal de saída em relação à entrada para diversas frequências. A banda passante do amplificador é definida pelas frequências onde o ganho se mantém constante dentro de um intervalo aceitável.

Os amplificadores podem ser analisados como redes de constante de tempo única (STC), dividindo-se em:

  • Filtros passa-baixo (LP): atenuam frequências altas.

  • Filtros passa-alto (HP): atenuam frequências baixas.

A resposta em frequência pode ser expressa em decibéis (dB), sendo comum usar diagramas de Bode para representar a variação da magnitude e da fase com a frequência.


Capítulo 1 do livro "Microelectronic Circuits", 6th Edition, de Sedra and Smith


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quarta-feira, 26 de março de 2025

Resumo extraído do Capítulo 2 do livro "Signals and Systems" de Oppenheim e Nawab

Capítulo 2: Sistemas Lineares Invariantes no Tempo (LTI)

2.0 Introdução

Os sistemas lineares e invariantes no tempo (LTI), desempenham um papel essencial na análise de sinais e sistemas. A linearidade e a invariância no tempo são propriedades fundamentais que facilitam a modelação de processos físicos e permitem uma análise detalhada com ferramentas matemáticas como a convolução.

2.1 Sistemas LTI em Tempo Discreto: Soma de Convolução

Representação de Sinais em Tempo Discreto

A ideia principal é representar um sinal discreto como uma combinação linear de impulsos unitários deslocados. Isso permite decompor qualquer sinal x[n] na forma:

x[n]=k=x[k]δ[nk]x[n] = \sum_{k=-\infty}^{\infty} x[k]\delta[n-k]

Resposta ao Impulso e Soma de Convolução

Para sistemas lineares, a resposta a um impulso deslocado pode ser expressa em termos da resposta ao impulso unitário, h[n]. Assim, a saída y[n] de um sistema LTI pode ser obtida pela soma de convolução:

y[n]=k=x[k]h[nk]y[n] = \sum_{k=-\infty}^{\infty} x[k] h[n-k]

Esta expressão implica que um sistema LTI é completamente caracterizado pela sua resposta ao impulso.

Exemplos

Vários exemplos ilustram o cálculo da convolução em tempo discreto, incluindo sinais exponenciais e funções degrau.

2.2 Sistemas LTI em Tempo Contínuo: Integral de Convolução

Representação de Sinais Contínuos

Sinais contínuos podem ser representados como uma soma de impulsos infinitesimais, levando à expressão integral:

x(t)=x(τ)δ(tτ)dτx(t) = \int_{-\infty}^{\infty} x(\tau) \delta(t-\tau) d\tau

Resposta ao Impulso e Integral de Convolução

Analogamente ao caso discreto, a saída de um sistema LTI contínuo pode ser obtida através do integral de convolução:

y(t)=x(τ)h(tτ)dτy(t) = \int_{-\infty}^{\infty} x(\tau) h(t-\tau) d\tau

Exemplos

São discutidos exemplos práticos de cálculo de convolução em sinais exponenciais e retangulares, demonstrando a aplicação prática do integral de convolução.

2.3 Propriedades dos Sistemas LTI

Comutatividade

A convolução é uma operação comutativa:

x[n]h[n]=h[n]x[n]x[n] * h[n] = h[n] * x[n]

Distributividade

A convolução distribui-se sobre a adição:

x[n](h1[n]+h2[n])=x[n]h1[n]+x[n]h2[n]x[n] * (h_1[n] + h_2[n]) = x[n] * h_1[n] + x[n] * h_2[n]

Associatividade

A associação de três sinais na convolução é independente da ordem:

x[n](h1[n]h2[n])=(x[n]h1[n])h2[n]x[n] * (h_1[n] * h_2[n]) = (x[n] * h_1[n]) * h_2[n]

Estas propriedades facilitam a análise e simplificação de circuitos e sistemas.


Capítulo 2 do livro "Signals and Systems" de Oppenheim e Nawab




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quarta-feira, 9 de julho de 2025

Resumo extraído do Capítulo 3 do livro "Signals and Systems" de Oppenheim e Nawab

Capítulo 3: Representação de sinais periódicos em séries de Fourier

3.1 Perspectiva Histórica

Esta secção traça a evolução histórica da análise de Fourier, mostrando como a ideia de decompor fenómenos periódicos em somas de funções trigonométricas remonta à antiguidade (por exemplo, os babilónios na astronomia). No século XVIII, Euler estudou cordas vibrantes, introduzindo a ideia de modos normais como combinações de senos e cossenos. Bernoulli defendeu que todos os movimentos de uma corda poderiam ser representados assim, mas Lagrange criticou a validade para sinais com descontinuidades.
Joseph Fourier retomou o conceito no início do século XIX para estudar a propagação de calor, afirmando que qualquer fenómeno periódico poderia ser descrito por séries de senos e cossenos, mesmo com descontinuidades — uma ideia inovadora mas inicialmente controversa. Fourier enfrentou resistência (inclusive de Lagrange) e dificuldades para publicar o seu trabalho, mas a sua Théorie analytique de la chaleur (1822) tornou-se fundamental. Fourier foi além das séries, propondo a transformação integral (base do que hoje chamamos Transformada de Fourier) para sinais aperiódicos. O impacto do seu trabalho estende-se por múltiplas áreas da ciência, engenharia e matemática, incluindo tópicos como integração, séries temporais, difusão de calor, sinais sinusoidais em circuitos de corrente alternada, ondas marítimas e transmissão de rádio. Finalmente, o texto destaca que, para sinais em tempo discreto, a análise harmónica ganhou relevância com o desenvolvimento da Transformada Rápida de Fourier (FFT) nos anos 60, revolucionando a computação digital de séries de Fourier.


3.2 Resposta de Sistemas LTI a Exponenciais Complexas

Esta secção demonstra porque é que as exponenciais complexas são tão importantes na análise de sistemas lineares e invariantes no tempo (LTI). O ponto central é que uma exponencial complexa é uma função própria de um sistema LTI: a resposta do sistema a uma entrada exponencial é a mesma exponencial multiplicada por um factor constante (o valor próprio ou ganho de frequência do sistema).
Em termos contínuos, uma entrada este^{st} gera uma saída H(s)estH(s)e^{st}, onde H(s)H(s) é a transformada de Laplace da resposta impulsional. No caso discreto, uma entrada znz^n gera uma saída H(z)znH(z)z^n.
Como consequência, qualquer sinal que possa ser escrito como combinação linear de exponenciais complexas pode ser analisado decompondo cada componente, aplicando a propriedade da sobreposição. Assim, se a entrada for uma soma de exponenciais, a saída será uma soma das mesmas exponenciais, escaladas pelos ganhos de frequência correspondentes. Esta ideia justifica a relevância das séries e transformadas de Fourier para representar sinais e estudar sistemas.
Inclui-se um exemplo de um sistema que apenas aplica um atraso de tempo, mostrando que a exponencial é efectivamente função própria — a saída é a entrada atrasada multiplicada por uma fase.


3.3 Representação de Sinais Periódicos em Tempo Contínuo (Série de Fourier)

Aqui é introduzida formalmente a Série de Fourier para sinais periódicos em tempo contínuo. Define-se que um sinal é periódico se x(t)=x(t+T)x(t) = x(t + T) para um período TT. O sinal pode ser expresso como uma soma de exponenciais complexas com frequências harmónicas múltiplas da fundamental:

x(t)=k=akejkω0tx(t) = \sum_{k=-\infty}^{\infty} a_k e^{jk\omega_0 t}

com ω0=2π/T\omega_0 = 2\pi/T.
É demonstrado que combinações lineares de exponenciais harmonicamente relacionadas continuam a ser periódicas. Apresenta-se a relação entre exponenciais e senos/cossenos, mostrando como sinais reais podem ser escritos em forma trigonométrica.
Segue-se o processo de determinação dos coeficientes aka_k (análise) através de integração ao longo de um período, baseando-se na ortogonalidade das exponenciais. Também se ilustra a interpretação física de cada termo: o coeficiente a0a_0 representa a componente DC (média), enquanto os outros descrevem a energia distribuída pelas harmónicas.
Exemplos práticos incluem uma onda sinusoidal, uma combinação de senos e cossenos, e uma onda quadrada — mostrando como sinais com descontinuidades podem ser aproximados por somas finitas de harmónicas.


3.4 Convergência da Série de Fourier

Esta secção discute as condições sob as quais a Série de Fourier efectivamente converge para o sinal original. Euler e Lagrange duvidavam da validade de representar funções descontínuas com somas de funções contínuas. Fourier, no entanto, mostrou que mesmo sinais como a onda quadrada podem ser representados correctamente no sentido de energia (ou seja, o erro quadrático médio tende para zero).
São introduzidas condições práticas de convergência:

  • Se um sinal for contínuo e de energia finita num período, a sua Série de Fourier converge.

  • Para sinais descontínuos, são apresentadas as condições de Dirichlet: o sinal deve ter energia finita, variação limitada (número finito de máximos e mínimos por período) e um número finito de descontinuidades.
    Se estas condições forem satisfeitas, a Série de Fourier converge para o sinal original em todos os pontos de continuidade e para a média dos limites laterais nos pontos de descontinuidade (ex. Gibbs phenomenon).
    O famoso fenómeno de Gibbs mostra que, perto das descontinuidades, a soma parcial da Série de Fourier apresenta oscilações que não desaparecem, mas concentram-se cada vez mais junto à descontinuidade à medida que se somam mais harmónicas. Mesmo assim, a energia do erro global tende para zero.


3.5 Propriedades da Série de Fourier em Tempo Contínuo

Esta secção organiza e descreve as propriedades fundamentais das Séries de Fourier para sinais periódicos em tempo contínuo. Estas propriedades são essenciais para simplificar cálculos e interpretar resultados.

As principais propriedades abordadas são:

  • Linearidade: A Série de Fourier é linear. Se dois sinais periódicos têm séries de Fourier conhecidas, qualquer combinação linear destes sinais resulta numa combinação linear dos coeficientes das séries.

  • Deslocamento Temporal: Um deslocamento no tempo de um sinal resulta numa rotação de fase nos coeficientes. Assim, se deslocarmos o sinal em t0t_0, os coeficientes multiplicam-se por ejkw0t0e^{-jkw_0 t_0}.

  • Inversão Temporal: Inverter um sinal no tempo equivale a inverter a sequência de coeficientes: akaka_k \rightarrow a_{-k}.

  • Escalonamento Temporal: Alterar a escala de tempo muda o período do sinal e a frequência fundamental, mas os coeficientes mantêm-se inalterados.

  • Multiplicação de Sinais: Multiplicar dois sinais periódicos no domínio temporal corresponde a uma convolução discreta dos seus coeficientes no domínio da frequência.

  • Conjugação: O conjugado de um sinal resulta nos coeficientes conjugados e invertidos: ak=aka_k^* = a_{-k}.

  • Sinais Reais: Se o sinal é real, os coeficientes são conjugados simétricos: ak=aka_{-k} = a_k^*.

  • Sinais Pares ou Ímpares: Para sinais reais, se forem pares, os coeficientes são reais e pares; se forem ímpares, os coeficientes são imaginários puros e ímpares.

  • Diferenciação e Integração: Derivar um sinal corresponde a multiplicar os coeficientes por jkw0jkw_0; integrar corresponde a multiplicar os coeficientes pelo inverso (salvo o termo DC).

  • Relação de Parseval: A potência média de um sinal periódico é igual à soma das potências médias de cada harmónica: 

  • 1TTx(t)2dt=k=ak2.\frac{1}{T} \int_{T} |x(t)|^2 dt = \sum_{k=-\infty}^{\infty} |a_k|^2.

Estas propriedades são resumidas numa tabela para consulta rápida e exemplificadas com pequenos exercícios que mostram como podem poupar cálculos. A intuição é que manipulando sinais no tempo podemos prever e controlar o efeito sobre o espectro de Fourier.


3.6 Séries de Fourier em Tempo Discreto

Nesta secção, o conceito de Séries de Fourier é estendido a sinais periódicos em tempo discreto. A ideia principal é análoga ao caso contínuo, mas adaptada à natureza discreta dos sinais.

  • Um sinal discreto x[n]x[n] é periódico com período NN se x[n]=x[n+N]x[n] = x[n + N].

  • A representação em série de Fourier é dada por:

    x[n]=k=0N1akej(2π/N)kn.x[n] = \sum_{k=0}^{N-1} a_k e^{j(2\pi/N)kn}.
  • Os coeficientes são obtidos por:

    ak=1Nn=0N1x[n]ej(2π/N)kn.a_k = \frac{1}{N} \sum_{n=0}^{N-1} x[n] e^{-j(2\pi/N)kn}.

Comparando com o caso contínuo, destaca-se que:

  • O número de harmónicas distintas é finito (N coeficientes para período N).

  • Os expoentes são amostrados uniformemente no círculo unitário.

  • A periodicidade de ej(2π/N)kne^{j(2\pi/N)kn} implica que o espectro é também periódico (aliasing inerente).

São discutidos exemplos simples de sinais discretos, como sequências binárias ou impulsos periódicos, e mostra-se como se obtêm os espectros. Este formalismo é a base para o desenvolvimento posterior da Transformada Discreta de Fourier (DFT) e da FFT.


3.7 Propriedades da Série de Fourier em Tempo Discreto

Tal como na secção 3.5, mas agora no contexto discreto, são apresentadas as propriedades que permitem manipular séries de Fourier de sinais discretos:

  • Linearidade: Mantém-se.

  • Deslocamento Temporal: Deslocar uma sequência no tempo adiciona uma fase exponencial ao espectro.

  • Inversão Temporal: Inverter o sinal inverte os índices dos coeficientes.

  • Multiplicação: A multiplicação de duas sequências periódicas corresponde a uma convolução discreta circular dos seus coeficientes.

  • Parseval: A soma da energia de um período é igual à soma dos quadrados das magnitudes dos coeficientes:

    1Nn=0N1x[n]2=k=0N1ak2.\frac{1}{N} \sum_{n=0}^{N-1} |x[n]|^2 = \sum_{k=0}^{N-1} |a_k|^2.

Estas propriedades são organizadas numa tabela análoga à do caso contínuo, facilitando o uso prático em problemas de análise de sinais e sistemas discretos.


3.8 Resposta de Sistemas LTI a Sinais Periódicos

Esta secção liga tudo: mostra como as séries de Fourier permitem analisar a resposta de sistemas LTI a sinais periódicos, tanto contínuos como discretos.

A ideia é:

  • Se a entrada x(t)x(t) ou x[n]x[n] é uma combinação de exponenciais complexas, e sabendo que cada exponencial é função própria do sistema LTI, então a saída é simplesmente a soma das mesmas exponenciais multiplicadas pelos ganhos do sistema em cada frequência.

  • Assim, o sistema filtra cada harmónica de forma independente, modificando a amplitude e fase segundo a resposta em frequência H(jω)H(j\omega) ou H(ejΩ)H(e^{j\Omega}).

  • Na prática, isto significa que podemos prever o comportamento de circuitos, filtros digitais e outros sistemas LTI analisando a resposta em frequência e o espectro de entrada.

A secção termina com exemplos ilustrativos: por exemplo, um circuito RC filtrando uma onda quadrada, mostrando como o espectro de saída atenua harmónicas de alta frequência — demonstrando o papel da resposta em frequência como “peneira” de harmónicas.


Secção 3.9 — Filtragem

A filtragem consiste em alterar as amplitudes relativas dos componentes de frequência de um sinal ou até eliminar alguns completamente. Os sistemas LTI (Lineares e Invariantes no Tempo) que modificam o espectro de forma controlada são chamados de filtros modeladores de frequência. Os filtros selectivos de frequência deixam passar algumas frequências quase sem distorção e atenuam ou rejeitam outras.

Como vimos, no domínio da frequência, a saída de um sistema LTI resulta da multiplicação das componentes do sinal de entrada pela resposta em frequência do sistema. Por isso, projectar filtros passa por escolher adequadamente essa resposta em frequência.

3.9.1 Filtros modeladores de frequência

Um exemplo comum está nos sistemas de áudio. Os filtros LTI nesses sistemas permitem ao utilizador ajustar o balanço entre graves e agudos. Estes filtros formam etapas de um equalizador, muitas vezes dividido em vários estágios em cascata, cujo efeito global resulta do produto das respostas em frequência de cada estágio.

  • Mostram-se exemplos de curvas de magnitude em dB (20 log10 |H(jω)|), num gráfico log-log.

  • Outro exemplo importante é o filtro diferenciador, com resposta em frequência H(jω) = jω. Amplifica mais as componentes de alta frequência, o que o torna útil, por exemplo, para realçar contornos em imagens (realce de transições bruscas em brilho). A aplicação a imagens bidimensionais é ilustrada, mostrando como realça bordas verticais ou horizontais consoante o conteúdo espectral em cada direcção.

No domínio discreto, os filtros LTI também são fundamentais. Usam-se em processamento digital (capítulo 7), por exemplo para separar variações de curto e longo prazo em séries temporais (dados económicos, demográficos). Um exemplo simples é o filtro média de dois pontos:

y[n]=12(x[n]+x[n1])y[n] = \frac{1}{2} (x[n] + x[n-1])

que actua como um filtro passa-baixo, atenuando altas frequências e preservando variações lentas.


3.9.2 Filtros selectivos de frequência

Estes filtros são desenhados para deixar passar algumas bandas de frequência e rejeitar outras com a maior precisão possível. Por exemplo:

  • Em áudio, podem remover ruído de alta frequência.

  • Em comunicações (como AM), permitem separar canais codificados em diferentes bandas.

Existem tipos básicos bem definidos:

  • Passa-baixo: passa baixas frequências, rejeita altas.

  • Passa-alto: o inverso.

  • Passa-banda: passa uma banda específica.

As frequências de corte marcam as fronteiras entre bandas passantes e de rejeição.

A figura 3.26 ilustra a resposta em frequência de um filtro passa-baixo ideal. A figura 3.27 mostra filtros passa-alto e passa-banda ideais (observa-se simetria em torno de ω=0 porque usamos exponenciais complexas). Para tempo discreto, a resposta em frequência deve ser periódica (figura 3.28), com período 2π.

Embora úteis para especificação teórica, os filtros ideais não são realizáveis fisicamente. Na prática, usam-se aproximações com transições menos abruptas e características ajustadas a cada aplicação.


Secção 3.10 — Exemplos de filtros contínuos descritos por equações diferenciais

Os filtros contínuos reais são muitas vezes implementados por circuitos cujas relações entrada-saída obedecem a equações diferenciais lineares com coeficientes constantes.

3.10.1 Um filtro RC passa-baixo simples

Um exemplo clássico é o circuito RC de primeira ordem, com o condensador como saída. A equação diferencial:

RCdvc(t)dt+vc(t)=vs(t)RC \frac{dv_c(t)}{dt} + v_c(t) = v_s(t)

leva a uma resposta em frequência:

H(jω)=11+jωRCH(jω) = \frac{1}{1 + jωRC}

  • Para ω≈0, |H(jω)|≈1 → passa baixas frequências.

  • Para ω elevado, |H(jω)|→0 → atenua altas frequências.

O compromisso entre domínio do tempo e da frequência: aumentar RC melhora a atenuação de altas frequências mas torna a resposta ao degrau mais lenta.


3.10.2 Um filtro RC passa-alto simples

Escolhendo agora como saída a tensão na resistência, a equação diferencial muda para:

RCdvs(t)dt+vs(t)=vr(t)RC \frac{dv_s(t)}{dt} + v_s(t) = v_r(t)

dando uma resposta em frequência:

G(jω)=jωRC1+jωRCG(jω) = \frac{jωRC}{1 + jωRC}

  • Atenua baixas frequências.

  • Passa altas frequências (para ω ≫ 1/RC).

Tal como no caso passa-baixo, o valor de RC controla a forma da resposta em frequência e a velocidade da resposta no tempo. Ambos os circuitos são exemplos de filtros de primeira ordem, com transições suaves entre banda passante e de rejeição.


Secção 3.11 — Exemplos de filtros discretos descritos por equações às diferenças

Os filtros em tempo discreto são implementados por equações às diferenças lineares de coeficientes constantes. Podem ser:

  • Recursivos (IIR): têm resposta ao impulso infinita.

  • Não-recursivos (FIR): resposta ao impulso finita.

Ambos são muito usados em sistemas digitais.

3.11.1 Filtros recursivos de primeira ordem

Um exemplo simples:

y[n]ay[n1]=x[n]y[n] - a y[n-1] = x[n]

Para entrada exponencial complexa, a resposta em frequência é:

H(ejω)=11aejωH(e^{jω}) = \frac{1}{1 - a e^{-jω}}

  • Para a>0 (e |a|<1), actua como passa-baixo.

  • Para a<0 (e |a|<1), actua como passa-alto.

O parâmetro a controla tanto a largura da banda passante como a velocidade da resposta ao impulso ou degrau.


3.11.2 Filtros não-recursivos

Forma geral:

y[n]=k=NMbkx[nk]y[n] = \sum_{k=-N}^{M} b_k x[n-k]

Exemplo clássico: filtro de média móvel.
Para três pontos:

y[n]=13(x[n1]+x[n]+x[n+1])y[n] = \frac{1}{3}(x[n-1] + x[n] + x[n+1])

  • Atenua variações rápidas (altas frequências), passa variações lentas (baixas frequências).

  • O tamanho da janela controla a frequência de corte.

Outros filtros não-recursivos podem fazer passa-alto. Exemplo:

y[n]=12(x[n]x[n1])y[n] = \frac{1}{2}(x[n] - x[n-1])

atua como um diferenciador discreto, atenuando baixas frequências.

As principais características dos FIR:

  • Impulso finito → sempre estáveis.

  • Possibilidade de serem causais ou não, dependendo se dependem de amostras futuras.


Secção 3.12 — Resumo

O capítulo introduz a representação em séries de Fourier para sinais periódicos em tempo contínuo e discreto, explorando a motivação principal: as exponenciais complexas são autofunções de sistemas LTI.

Mostrou-se que:

  • Qualquer sinal periódico pode decompor-se numa soma ponderada de exponenciais harmónicas.

  • Aplicando um sinal periódico a um sistema LTI, cada coeficiente de Fourier na saída é o produto do coeficiente de entrada pelo valor da resposta em frequência nessa harmónica.

Isto conduz ao conceito de filtragem com sistemas LTI, incluindo a filtragem selectiva de frequência.

O capítulo discutiu:

  • Filtros ideais (não realizáveis) como referência teórica.

  • Exemplos práticos baseados em equações diferenciais (contínuo) e às diferenças (discreto).

  • A importância de compreender as respostas em frequência para conceber sistemas que realizem filtragem conforme os requisitos da aplicação.

Adiantou ainda que nos capítulos seguintes se desenvolverão ferramentas para sinais aperiódicos e uma análise mais detalhada da filtragem.


Capítulo 3 do livro "Signals and Systems" de Oppenheim e Nawab


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